sábado, 3 de dezembro de 2016

Mulheres em movimento: nosso recado para o dia internacional de luta da pessoa com deficiência 03 de dezembro


Neste dia Nacional de Luta das pessoas com deficiência, o Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão vem reafirmar sua disposição no sentido de se constituir como um instrumento de mobilização da mulher cega e com baixa visão, buscando o empoderamento e a união desse coletivo, e o seu crescimento rumo a uma sociedade mais justa, na qual a igualdade de gênero seja uma realidade permanente. Nossa história ainda é recente. Nossa atuação tem pouco mais de um ano, e nasceu a partir de um grupo no whatsapp só para mulheres com deficiência visual, que encontraram umas nas outras o apoio que precisavam. E então, nesse período, unindo força de vontade, solidariedade, afeto e conhecimento, formamos um grupo de dezenas de mulheres cegas e com baixa visão, o qual tem crescido e somado forças vindas de todos os estados do país. Realizamos dois encontros nacionais, onde o primeiro realizado em Teresina, nos dias 29, 30 e 31 de maio de 2015, veio para concretizar o que no virtual já haviamos sonhado juntas, a vontade de criar um movimento onde atue em próu das especificidades das mulheres com deficiência visual. O último ocorrido em Recife, nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2016, falamos sobre os temas que nos inquietam e nos movem, com educação e mercado de trabalho, violência contra a mulher, sexualidade feminina entre muitos outros.

Marcante nessa caminhada, tem sido o respeito pelas ideias de cada uma, assim como a construção de um modo de vivermos juntas, com sororidade, tão fundamental num mundo marcado pelo egoísmo, o individualismo e a falta de compaixão. Outra marca do movimento é o cultivo da arte, da música, da poesia, da dança e do canto coletivo, como instrumetos de afirmação de uma identidade fundada na alegria, no entusiasmo, na certeza de que nossa luta tem um vetor político, mas sobretudo um vetor estético e poético. Somos ainda um movimento livre, porém organizado, que nasceu do desejo comum de nos juntarmos em torno das nossas causas. Somos pois, um movimento livre, mas nossa "legitimidade está assegurada por cada mulher que se junta ao nosso movimento, por cada reivindicação que chega até nós, por cada mãoo dada a nossa mão, ampliando o círculo das nossas vozes.

A sociedade brasileira vive uma das suas mais agudas crises. O momento exige união e disposição de luta por nossos direitos. Exige vozes que rompam o silêncio, e reafirmem esses direitos: Direito à saúde, à educação, ao esporte e ao lazer acessível; direito ao trabalho, direito de cuidar da família, direito à reprodução; Direito de expressar nossos anseios, direito de estarmos em movimento, de maneira voluntária, espontânea e produtiva. Esta é nossa luta, e queremos que você, mulher cega e com baixa visão, venha fazer parte do nosso movimento. 


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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

CONHEÇA A PROGRAMAÇÃO DO 2° ENCONTRO BRASILEIRO DE MULHERES CEGAS E COM BAIXA VISÃO

2° ENCONTRO BRASILEIRO DE MULHERES CEGAS E COM BAIXA VISÃO 

DIAS: 25, 26 e 27 de Novembro de 2016
LOCAL: Casa Santa Clara - Recife/PE 

PROGRAMAÇÃO - (sujeita a alterações) 

SEXTA – 25/11/16 
  • 7h às 9h : Inscrição/­Credenciamento 
  • 9h às 9h30: Mesa de Abertura 
  • 9h30 às 10h20 : Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e Com Baixa Visão: Quem São Elas? Palestrantes: Janne Kelly Soares (PI) Presidente MBMC Kelly Araújo (MA) Vice presidente do MBMC 
  • 10h20 às 10h40: intervalo – coffebreak 
  • 10h40 às 11h30: Palestra Magna – Tema: Empoderamento, Participação e Inclusão das Mulheres com Deficiência Visual Palestrante: Sara Bentes (RJ) - cantora, compositora e atris, professora de canto e consutora de inclusão de pessoas com deficiência
  • 11h30 às 12h: Apresentação Musical 
  • 12h às 14h: Almoço
  • 14h às 15h30: Palestra - Tema: Enfrentamento a Violência Contra as Mulheres Palestrante: Professora Regina Célia Barbosa(PE) – Vice-Coordenadora do Instituto Maria da Penha Mediadora: Gislana Vale (CE) 
  • 15h30: Visita ao Museu Cais do Sertão/Memorial da Justiça (exposição Sensorial) com Áudio Descrição, participação de Patricia Pordeus e Priscila Xavier 
  • 18h as 20h Jantar
  • 20h: Exibição de Sessão de Cinema Acessível
 SÁBADO – 26/11/16 

  • 6h as 8h: Café da Manhã 
  • 8h às 8h30 : Acolhimento 
  • 8h30 às 10h : Relatos de experiências Tema: Educação, Protagonismo no Mercado de Trabalho das Mulheres com Deficiência Visual Palestrantes: Gislana Vale (CE) - Consultora Técnica Educacional e Profa Mestre em Avaliação de Políticas Públicas Aldenize Queiroz (PB) - Doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Paraíba Mediadora: Lenice couto (PE) 
  • 10h às 10h30: Intervalo: coffebreak 
  • 10h30 às 11h45: Palestra Postura, Elegância e Linguagem Corporal Palestrante: – Dra. Sabrina Casado (PE) - Fisioterapeuta e Bailarina Clássica 
  • 11h45 às 13h50: Almoço
  • 13h50 às 15h: Roda de Conversa - Tema: Saúde e Sexualidade Palestrantes: Dra. Alexsandra Ramos - direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com deficiência visual Profa. Valéria Walfrido - Palestrante, terapeuta corporal, sexóloga, pedagoga, escritora,pesquisado­ra, pompoarista técnica em EPM (A confirmar) Mediadora: Kelly Araujo (MA)
  • 15h Intervalo: Coffebreak 
  • 16h30 às 18h00: Oficinas Sobre Postura, Maquiagem e Salto Alto Palestrante: Josiane França (RS) - Miss PCD do Rio Grande do Sul (A confirmar)
  • 20h: Noite Cultural – Balada Dançante 

DOMINGO – 27/11/16 

  • 7h às 8h: Café da Manhã 
  • 8h às 11h : Sistematização do Encontro Assembléia Geral do Movimento Eleição dos Membros
  • 12h as 14h : Almoço de Encerramento do Encontro
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domingo, 23 de outubro de 2016

Deficiência e Gênero: a importância do debate na intersecção das lutas

O Relatório Mundial sobre Deficiência de 2011 nos informou dados assustadores: indica que a taxa de prevalência da deficiência no sexo feminino é de 19,2% de 12% nos homens. Mulheres são menos cuidadas na infância, nos países menos desenvolvidos, e desenvolvem deficiência como consequência de abusos sexuais e partos mal conduzidos. Nas mulheres negras a violência obstétrica é cerca de 30% maior. Isso é claramente violência de gênero
Por Adriana Dias*
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Descrição da imagem: Plateia do I Encontro Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão

II Encontro Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão debaterá Empoderamento Participação e Inclusão Plena de Mulheres com Deficiência Visual.
   Apesar da luta feminista reivindicar há muitas décadas todos os direitos humanos como direitos fundamentais de todas as mulheres, as mulheres e meninas com deficiência não vivem em condição de igualdade com as outras pessoas: nem com as outras mulheres, nem com os homens com deficiência. Como ativista do segmento percebo que as mulheres e meninas com deficiência permaneceram invisíveis, tanto para os defensores dos direitos das mulheres como para os defensores dos direitos dos deficientes, e isso ampliou imensamente sua vulnerabilidade.
   É comum em grupos feministas eu perguntar acerca da questão das mulheres com deficiência, e presenciar um certo desconforto por parte de todas, por não pensarem no tema, por se darem conta, enfim, de estarem excluindo uma parte significativa das mulheres. E acho incrível isso, por falar de deficiência é falar de corpo, de aceitação, de enfrentamento de um mundo que exige padrões corporais normal/orientados. As feministas que tanto falam do tema ao se esquecerem de nós, mulheres com deficiência se dão conta de como é incorporado o padrão e a narrativa social do corpo que deve ter uma forma adequada. Por outro lado, nos grupos de pessoas com deficiência, o machismo predomina, e é uma batalha falar de gênero, de escolhas, de feminismo, de aborto, de descriminalização do aborto, de liberdade sexual, de direitos sexuais e reprodutivos.
   Portanto, mulheres e meninas com deficiência são suscetíveis de experimentar a famosa, mas não menos cruel “dupla discriminação”, que inclui a violência baseada no gênero, abuso e marginalização e o capacitismo, a narrativa social que vê o corpo da pessoa com deficiência como menos humano. Nós somos vistos como menos mulheres, como mulheres inferiores, das indesejáveis às facilmente abusáveis. E é preciso fazer um escândalo para romper com isso.
   O Relatório Mundial sobre Deficiência de 2011 nos informou dados assustadores: indica que a taxa de prevalência da deficiência no sexo feminino é de 19,2% de 12% nos homens. Mulheres são menos cuidadas na infância, nos países menos desenvolvidos, e desenvolvem deficiência como consequência de abusos sexuais e partos mal conduzidos. Nas mulheres negras a violência obstétrica é cerca de 30% maior. Isso é claramente violência de gênero.
   Outros dados nos informam como é dura a nossa vida: a taxa de alfabetização global é muito baixa: 3% por cento para todos os adultos com deficiência, e um por cento das mulheres com deficiência. Embora todas as pessoas com deficiência enfrentem enormes obstáculos para obter um emprego, homens com deficiência têm duas vezes mais probabilidade de ser empregado do que uma mulher com deficiência.
   As mulheres e meninas com deficiência apresentam taxas mais altas de violência baseada no gênero, abuso sexual, negligência, maus tratos e exploração do que as mulheres e meninas sem deficiência. Mulheres e meninas com deficiência têm três vezes mais probabilidade de sofrer violência baseada no gênero em comparação com as mulheres sem deficiência, em média. Mulheres com deficiência física e cegas, duas vezes mais, surdas, cinco vezes mais, e com deficiência intelectual ou múltipla, nove vezes mais.
   Obviamente, só mudamos isso com empoderamento. Por isso, estimulo muito que cada segmento tenha debates de gênero. Fiquei muito feliz com II Encontro Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão, cujo tema será: Empoderamento, Participação e Inclusão Plena de Mulheres com Deficiência Visual. O Evento acontecerá em Recife/PE nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2016.
Um evento que tem por objetivo empoderar, socializar e unir essas mulheres levando informação, entretenimento, diversão e claro, contará com a participação de todas!
Taxa de inscrição: R$ 60,00 (sessenta reais).
Obs: as primeiras 40 (quarenta) mulheres com deficiência visual com inscrição realizada e devidamente confirmada, serão contempladas com o programa de hospedagem e alimentação por conta do evento.
Realização: Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão em parceria com o Instituto Baresi, coordenação do Núcleo Regional de Pernambuco
Contatos: (98) 98494-9511 (claro), (98) 98123-1159 (tim)
E-mail: mbmc.mulherescegas@gmail.com
Clique aqui para fazer sua inscrição. https://goo.gl/forms/jPodGxKPJqFNb8xB3
*Adriana Dias é Bacharel em Ciências Sociais em Antropologia, Mestre e Doutoranda em Antropologia Social – tudo pela UNICAMP. É também coordenadora do Comitê “Deficiência e Acessibilidade” da Associação Brasileira de Antropologia e coordenadora de pesquisa tanto no Instituto Baresi (que cria políticas públicas para pessoas com doenças raras) quanto na ONG ESSAS MULHERES (voltada à luta pelos direitos sexuais e reprodutivos e ao combate da violência que afeta mulheres com deficiência). É Membro da American Anthropological Association, e foi membro da Associação Brasileira de Cibercultura e da Latin American Jewish Studies Association

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Chega de Fiu Fiu: Caso de assédio no ônibus

   Ela entrou no ônibus. Seu perfume entrou antes. Um misto de jasmim e rosa branca, delicioso. Suave, como uma manhã de abril. Mas, era setembro. Seu cabelo estava ruivo. Antes, loiro, castanho, com luzes rosas. Gostava de variar. Vaidosa, adoraria pintar de roxo e entrar numa banda de rock, mas tinha que pagar a faculdade. Ela se controlava. Arrumou o cabelo, acertou a tiara.


   Estava de bermuda jeans e de bata branca, bordada, presente de sua mãe. A bata. Sempre vestia algo para trazer sua mãe a memória. Havia apenas três meses que ela falecera. O luto apertava seu coração de uma forma intensa, ela queria gritar, no entanto não podia, num transporte público. Ela se controlava. Arrumara a bata, acertou o colar, com um pendente de coração, para o centro do decote.

   Mulheres cegas e com deficiência física são duas vezes mais abusadas que mulheres sem deficiência. Mulheres surdas cinco vezes mais. Mulheres com deficiência intelectual nove vezes mais. Se elas gritarem, ajude. Se elas não puderem gritar, gritemos por elas.



   Ela se sentara na segunda cadeira depois da porta, no corredor. Colocara a bengala tátil dobrada, fechada, no colo. Eu não disse antes? Ela é cega. Linda, inteligente, mulher e cega. A cegueira surgiu como consequência de uma doença crônica. Mas, não impediu de trabalhar, estudar, de seguir em frente. Arranjou muita força dentro de si, e foi à luta. Por vezes, em situações de preconceito, o desespero bate. Mas, ela se controlava. E reagia explicando, ensinando.

   Mas, ela não estava preparada para aquilo. Para aquela mão que tocou seu braço, sem avisar, sem pedir licença. Ela pensou ser um conhecido, tentando iniciar contato. Perguntou quem era. Ninguém respondeu. No coletivo cheio, a mão procurou sua coxa, ela continuava a perguntar quem era, o silêncio passou a se tornar abusivo, assustador, ela empurrava a mão, a mão voltava, ninguém ajudava. A mão tocou seu seio, ela tocou o sinal para descer do ônibus, teve medo do desconhecido estar por perto, entrou na primeira loja que encontrou. Pediu para saber em que lugar estava. Perdeu o chão, a tiara, o cabelo arrumado, ela não mais se controlava. Uma mulher veio saber o que acontecera. Ela não teve coragem de contar, disse apenas que se perdera. Bebeu água. Esperou. Pegou um táxi.

   Chegando em casa, chorou muito. Lembrou da mãe, pediu proteção. Como denunciar o que não viu, o que não sabe. Como se proteger de algo assim? Como lutar se ninguém ajuda? Teve mais medo ainda. Levou duas semanas para sair de casa de novo. Perdeu o trabalho. Quase teve que largar a faculdade. Por causa de uma mão. Da mão de um monstro. E do silêncio dos outros.

     Levou quase um ano para contar para alguém. Quase dois para falar comigo.
     Não pactue com isso. No lugar dela, poderiam ser milhões de elas.

* A história é verídica. Omiti o nome da minha amiga cega.

Enviado por Adriana Dias, Bacharel em Ciências Sociais em Antropologia,Mestre e Doutoranda em Antropologia Social - tudo pela UNICAMP. Coordenadora do Comitê "Deficiência e Acessibilidade" da Associação Brasileira de Antropologia, e coordenadora de pesquisa tanto no Instituto Baresi (que cria políticas públicas para pessoas com doenças raras) quanto na ONG ESSAS MULHERES (voltada à luta pelos direitos sexuais e reprodutivos e ao combate da violência que afeta mulheres com deficiência). É Membro da American Anthropological Association,e foi membro da Associação Brasileira de Cibercultura e da Latin American Jewish Studies Association.


 
Descrição de imagem: fundo branco letras na cor rosa onde está escrito Se elas gritarem, ajude. Se elas não puderem gritar, gritaremos por elas.
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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Outubro Rosa: Precisamos falar sobre o Auto-exame

Na postagem anterior, começamos a falar sobre o câncer de mama e recomendamos a realização do auto-exame. Agora, damos dicas de como realiza-lo.

Auto-exame: qual a forma correta de fazer? 


A partir dos vinte anos, toda mulher deve fazer o auto-exame mensalmente, mais precisamente de dois a três dias após o término da menstruação, e para aquelas que já não menstruam mais, fazer pelo menos uma vez por mês, num dia marcado.Deve ser feito da seguinte forma: Você deve estar de pé. Mão esquerda examina a mama direita, mão direita examina mama esquerda.

Primeiro descanse um de seus antebraços sobre a cabeça: isso irá esticar um pouco a pele, facilitando a detecção de nódulos, se houver algum. Com as pontas dos dedos indicador, médio e anelar da mão livre, faça movimentos circulares, pressionando levemente a mama, de fora para dentro, até chegar a área do mamilo; depois repita o mesmo processo do outro lado.É importante verificar também se não há presença de nódulos nas regiões próximas ao seio como: axila, e nas áreas superior, inferior e laterais. Faça o mesmo procedimento deitada com a parte dos ombros sobre uma almofada ou toalha dobrada para elevar as mamas, e também no banho, pois o corpo molhado facilita o deslize dos dedos nas mamas.

Pois muitas vezes quando detectado com o exame manual, o câncer está passando de seu estagio inicial para avançado chegando a medir dois centímetros. Com as pontas dos dedos indicador e polegar esprema levemente seu mamilo e observe bem se há secreção leitosa ou sanguinolenta. Se sim, procure o médico. Cerca de noventa por cento dos nódulos são descobertos pelas próprias pacientes através do auto-exame; por isso ele é tão importante e indispensável.

ATENÇÃO: vale ressaltar que o auto-exame não substitui o exame clínico.


 
MBMC (Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão)
MBMC – A mulher cega como protagonista de sua história.
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Outubro Rosa: Uma causa que também é nossa

Câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo desenvolvimento de células de maneira desordenada, criando um ou mais nódulos na mama.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, é o câncer que mais causa mortes e o mais comum nas mulheres brasileiras, que a consideram a doença mais temida, já que afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal. Por não existir uma causa específica para essa doença, os especialistas apontam alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento desse tipo de câncer.

Os principais indicativos são: 
  •  Ser mulher;
  •   Idade – mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
  •   Histórico familiar (parentes que já tiveram a doença); 
  •  Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos; 
  •  Elevado consumo de álcool (uma dose diária); 
  •  Excesso de peso (gordura na região abdominal); 
  •  Falta de exercícios físicos; 
  •  Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama; 
  •  Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando más-formações) e carcinogênicos. 

Sintomas: 
No Câncer de mama, o sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço na mama. Os outros sinais da doença são:
  •   Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja; 
  •  Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro); 
  •  Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  •  Saída de secreção (que não seja leite) pelo mamilo;
  •  Caroço nas axilas. 

Diagnóstico: Para a detecção precoce do câncer de mama é necessário visitar anualmente o médico ginecologista, e realizar alguns exames.O exame clínico das mamas e a mamografia, principalmente para mulheres acima de 40 anos. O autoexame das mamas é o primeiro exame a ser realizado, pela própria mulher e todo mês após o fim do período menstrual para mulheres acima dos 20 anos.

Exames: Quando é encontrado um nódulo na região mamária através do exame clínico ou autoexame, o médico ginecologista poderá solicitar os seguintes exames: 
  •  Mamografia – para confirmar a presença do nódulo nas mamas; 
  •  Biópsia – para analisar se o nódulo é benigno ou maligno; 
  •  Ultrassonografia de mama – quando não é possível distinguir o cisto do nódulo na mamografia, a ultrassonografia é requerida; 
  •  Ressonância Magnética (RM) – utiliza ondas de rádio e fortes ímãs, além de computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de RM podem ser usados para analisar melhor os cânceres encontrados por mamografias, ou para casos de alto risco. 
De acordo com o perfil da mulher, são solicitados os exames. Para mulheres com idade inferior a 40 anos, a princípio não é indicada a mamografia. Para diminuir a chance do desenvolvimento do câncer de mama, as mulheres devem tomar alguns cuidados, tanto na fase fértil como na menopausa.

Os cuidados devem ser:
  •  Boa alimentação: evitar gordura animal e privilegiar verduras que contenham princípios antiproliferativos, como brócolis e repolho;
  • Realizar exercícios físicos de modo continuado (correr, andar, nadar);
  • Quando tiver filhos, amamentar por um longo período; 
  •  Mulheres na menopausa devem realizar a reposição hormonal, sob orientação e acompanhamento do seu médico. 
Em mulheres que possuem um histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, é possível realizar um teste para analisar se a paciente é portadora de mutações genéticas que predispõem a doença. Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas, antes do aparecimento da doença (do câncer propriamente dito). 

Tratamentos e cuidados: O tratamento desse câncer varia conforme o tipo e o local em que o nódulo está. As formas mais comuns são:
  •  Quimioterapia;
  • Radioterapia; Hormonioterapia (para bloquear a ação dos hormônios femininos); 
  • Cirurgia parcial (retirada do tumor) ou Mastectomia (retirada completa da mama). 

É possível ainda complementar o tratamento com recursos terapêuticos, além do auxílio de um profissional psicólogo. Alguns mitos sobre o câncer de mama assustam muitas mulheres sobre o possível desenvolvimento da doença.
 Confira abaixo as dúvidas mais comuns sobre os riscos:
  •  Agrotóxicos nos alimentos – não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama; fumo – Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc.), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro;
  •  Uso de antitranspirantes e uso de sutiãs com suporte metálico – correntes disparadas pela internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama;
  • Aborto – ativistas contrários ao aborto disseminaram a ideia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama; implantes de silicone – implantes de silicone formam cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

 Recomendações:
  •  Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação, se você é mulher e tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores são detectados pela própria paciente; 
  • Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, realize o exame anualmente; 
  • Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos os anos; 
  • Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração e presença de líquido nos mamilos


MBMC (Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão)
MBMC – A mulher cega como protagonista de sua história.
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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

INSCRIÇÕES - 2° Encontro Brasileiro do Movimento de Mulheres Cegas e com Baixa Visão

Olá pessoal!

   Finalmente chegou a hora! Inscrições abertas para o II Encontro Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão, com o TEMA: Empoderamento, Participação e Inclusão Plena de Mulheres com deficiência visual. Que será realizado em Recife/PE nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2016. 

  Um evento que tem por objetivo empoderar, socializar e unir essas mulheres levando informação, entretenimento, diversão e claro, contando com a sua participação. Então não perca! 
   
   Taxa de inscrição: R$ 60,00 (sessenta reais). Obs: as primeiras 40 (quarenta) mulheres com deficiência visual com inscrição feita e devidamente confirmada, serão contempladas com o programa de hospedagem e alimentação por conta do evento. 

Realização: Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão em parceria com o Instituto Baresi. 

Contatos: 

(98) 98494-9511 (claro)
(98) 98123-1159 (tim)

E-mail: mbmc.mulherescegas@g­mail.com

Clique aqui para fazer sua inscrição: https://goo.gl/forms/jPodGxKPJqFNb8xB3
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