segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Outubro Rosa: Uma causa que também é nossa

Câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo desenvolvimento de células de maneira desordenada, criando um ou mais nódulos na mama.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, é o câncer que mais causa mortes e o mais comum nas mulheres brasileiras, que a consideram a doença mais temida, já que afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal. Por não existir uma causa específica para essa doença, os especialistas apontam alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento desse tipo de câncer.

Os principais indicativos são: 
  •  Ser mulher;
  •   Idade – mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
  •   Histórico familiar (parentes que já tiveram a doença); 
  •  Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos; 
  •  Elevado consumo de álcool (uma dose diária); 
  •  Excesso de peso (gordura na região abdominal); 
  •  Falta de exercícios físicos; 
  •  Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama; 
  •  Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando más-formações) e carcinogênicos. 

Sintomas: 
No Câncer de mama, o sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço na mama. Os outros sinais da doença são:
  •   Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja; 
  •  Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro); 
  •  Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  •  Saída de secreção (que não seja leite) pelo mamilo;
  •  Caroço nas axilas. 

Diagnóstico: Para a detecção precoce do câncer de mama é necessário visitar anualmente o médico ginecologista, e realizar alguns exames.O exame clínico das mamas e a mamografia, principalmente para mulheres acima de 40 anos. O autoexame das mamas é o primeiro exame a ser realizado, pela própria mulher e todo mês após o fim do período menstrual para mulheres acima dos 20 anos.

Exames: Quando é encontrado um nódulo na região mamária através do exame clínico ou autoexame, o médico ginecologista poderá solicitar os seguintes exames: 
  •  Mamografia – para confirmar a presença do nódulo nas mamas; 
  •  Biópsia – para analisar se o nódulo é benigno ou maligno; 
  •  Ultrassonografia de mama – quando não é possível distinguir o cisto do nódulo na mamografia, a ultrassonografia é requerida; 
  •  Ressonância Magnética (RM) – utiliza ondas de rádio e fortes ímãs, além de computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de RM podem ser usados para analisar melhor os cânceres encontrados por mamografias, ou para casos de alto risco. 
De acordo com o perfil da mulher, são solicitados os exames. Para mulheres com idade inferior a 40 anos, a princípio não é indicada a mamografia. Para diminuir a chance do desenvolvimento do câncer de mama, as mulheres devem tomar alguns cuidados, tanto na fase fértil como na menopausa.

Os cuidados devem ser:
  •  Boa alimentação: evitar gordura animal e privilegiar verduras que contenham princípios antiproliferativos, como brócolis e repolho;
  • Realizar exercícios físicos de modo continuado (correr, andar, nadar);
  • Quando tiver filhos, amamentar por um longo período; 
  •  Mulheres na menopausa devem realizar a reposição hormonal, sob orientação e acompanhamento do seu médico. 
Em mulheres que possuem um histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, é possível realizar um teste para analisar se a paciente é portadora de mutações genéticas que predispõem a doença. Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas, antes do aparecimento da doença (do câncer propriamente dito). 

Tratamentos e cuidados: O tratamento desse câncer varia conforme o tipo e o local em que o nódulo está. As formas mais comuns são:
  •  Quimioterapia;
  • Radioterapia; Hormonioterapia (para bloquear a ação dos hormônios femininos); 
  • Cirurgia parcial (retirada do tumor) ou Mastectomia (retirada completa da mama). 

É possível ainda complementar o tratamento com recursos terapêuticos, além do auxílio de um profissional psicólogo. Alguns mitos sobre o câncer de mama assustam muitas mulheres sobre o possível desenvolvimento da doença.
 Confira abaixo as dúvidas mais comuns sobre os riscos:
  •  Agrotóxicos nos alimentos – não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama; fumo – Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc.), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro;
  •  Uso de antitranspirantes e uso de sutiãs com suporte metálico – correntes disparadas pela internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama;
  • Aborto – ativistas contrários ao aborto disseminaram a ideia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama; implantes de silicone – implantes de silicone formam cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

 Recomendações:
  •  Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação, se você é mulher e tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores são detectados pela própria paciente; 
  • Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, realize o exame anualmente; 
  • Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos os anos; 
  • Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração e presença de líquido nos mamilos


MBMC (Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão)
MBMC – A mulher cega como protagonista de sua história.
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